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Para relembrar o que vimos em 2011... Mitologia e Reportagem


Aula final sobre mitologia e início do próximo assunto: Notícia e reportagem


Para nossa aula final de Mitologia, lemos o Mito da Caverna. Texto que parece bem difícil, mas com nossa conversa, ou melhor, com nosso diálogo, tentamos compreendê-lo. Depois do texto tem o link para vocês reverem os vídeos que vimos em aula. Precisamos sair de nossas cavernas, sair das sombras, e ver a realidade por mais difícil que seja. Nem sempre é fácil enxergar o real. Abraço!

O Mito da Caverna. Platão, Livro VII de A República

Sócrates – Agora imagina a maneira como é a nossa natureza sobre a diferença entre o saber e a ignorância. Imagina homens em uma caverna, com apenas uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, sentados, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se e veem somente o que está diante deles, pois as correntes os impedem de virar a cabeça para trás; a luz chega por trás deles, de uma fogueira sempre acesa; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, de maneira que os prisioneiros vêem somente as sombras dos que passam no muro em frente a eles.
Glauco – Estou vendo.
Sócrates – Imagina agora, nessa pequena estrada, homens que transportam objetos de toda espécie: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.
Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.
Sócrates – Pois parecem muito com a gente. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica em frente?
Glauco - Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates - E com todas as coisas que passam por ali? Não se passa o mesmo?
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, apenas falando sem nunca olhar uns para os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco - É bem possível.
Sócrates - E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que uma pessoa passasse por trás, falando enquanto transportava alguma coisa, não achariam que eram as próprias sombras que falavam?
Glauco - Sim, por Zeus!
Sócrates - Dessa forma, tais homens não achariam que a realidade seria somente as sombras dos objetos fabricados e dos homens que passavam?
Glauco - Assim terá de ser.
Sócrates - Considera agora o que acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas correntes e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento vai impedi-lo de compreender os objetos de que antes via apenas por sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até agora, em toda a sua vida, somente fantasmas, sombras, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê como são as coisas realmente? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que esse homem ficará irritado e que as sombras que via antes lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco - Muito mais verdadeiras.
Sócrates - E se o forçarem a olhar a luz, os seus olhos não ficarão machucados? Não desviará ele a vista para ver as sombras que pode entender e não acreditará que elas são realmente mais distintas do que os objetos que lhe mostram?
Glauco - Com toda a certeza.
Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará dessa violência? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, perceber uma só das coisas que entendemos como verdadeiras?
Glauco - Não conseguirá, pelo menos de início.
Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Necessariamente.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna, das sombras.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se da caverna onde vivia, da sabedoria que ele acaba de adquirir, e daqueles que foram seus companheiros de prisão, não achas que se alegrará com a mudança e ficará com pena dos que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.
Sócrates – Então, não achas que, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia naquela terrível prisão que era a caverna?
Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.
Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pela escuridão ao se afastar bruscamente da luz do Sol?
Glauco - Por certo que sim.
Sócrates - E se tiver de entrar em contato com seus antigos companheiros, os prisioneiros, que não se libertaram de suas correntes, para entender aquelas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham acostumado à escuridão da caverna, afinal, para habituar-se à escuridão precisará um tempo bastante longo, não fará que os outros riam dele e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, e entenderão que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e levar para o alto um dos prisioneiros, esse prisioneiro não o mataria, se pudesse fazê-lo, com medo de conhecer o que tem fora da caverna, do conhecido?
Glauco - Sem nenhuma dúvida.
Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso explicar, ponto por ponto, esta imagem que construímos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e o contato com os objetos como eles são mesmo, entenda como a ascensão da alma para o entendimento do real, pelo menos como nós entendemos como real.

Adaptação: Professor Pedro Marques

Os vídeos estão nos links abaixo, clique lá!




Terça-feira, 10 de Maio de 2011

Histórias da mitologia e o amor parte 4 - Orfeu e Eurídice







Bem que eu avisei a vocês que as histórias gregas não costumam ter final feliz, né? Mas são tão belas... Orfeu foi até os infernos pela amada, pena que não confiou na palavra do sinistro Hades. Essa história também inspirou muitas outras, como Orfeu da Conceição, de Vinicius de Moraes. Ficou curioso? Pesquisa na internet! Abraço!

Se quiserem reler uma versão, cliquem no link abaixo:


E também tem um curta metragem (um filminho) feito com teatro de sombras bem legal. O link é esse: http://www.youtube.com/watch?v=_7CI9RoHVug 

  
Terça-feira, 19 de Abril de 2011

Histórias da mitologia e o amor parte 3



Em nossa terceira aula sobre mitologia grega e o amor, lemos a triste história de Píramo e Tisbe. Parece mesmo ter sido a inspiração para Shakespeare escrever a história de Romeu e Julieta, não é mesmo? Bem que o autor avisou: “E nunca houve história mais triste que esta de Romeu e de Julieta.”

Caso você queira relembrar e ler o mito, clique no link abaixo. Vê se pega um lencinho para enxugar as lágrimas!



Terça-feira, 12 de Abril de 2011

Na segunda aula sobre o mito e o amor lemos a triste história de Eco e Narciso



...e como a obsessão por si mesmo pode virar uma doença.

Não posso colocar o texto do livro que lemos em sala de aula aqui por causa de direitos autorais. Isso quer dizer que ninguém pode usar aquele texto sem pagar para o dono dele... Mas você pode ler o mito clicando no link abaixo:






O estranho conto sobre a Janice, a apaixonado pelo próprio umbigo, vocês podem ler acessando o site abaixo. É só clicar:


Lembra como Janice e Narciso tem muitas coisas em comum? Que coisa esquisita, né? Mas, como conversamos, é um jeito novo, moderno, de olhar esse mito antigo.

Obra de Salvador Dali (você consegue achar Eco e Narciso? E duas mãos segurando um ovo? Que maluquice!)
            Como já vimos muitas vezes, o mito conta como algum fenômeno da natureza surgiu, isto é, algo que os antigos não conseguiam explicar através da razão, da ciência, eles explicavam o “inexplicável” através do mito. Em Narciso, há o nascimento de uma planta com o mesmo nome do rapaz que possui uma linda flor, porém dura muito pouco. Assim como ele...



Sexta-feira, 01 de Abril de 2011
Para nossa primeira aula a respeito do amor no mito grego, lemos a intrigante história sobre a origem da árvore de louros:

Pintura de Bouguereau

Estátua do Deus Apolo. Reparem na Coroa de Louros.


Lembra de como o mito foi representado de maneiras diferentes e em épocas diferentes? Veja acima a pintura de Caravaggio, do século XVII e a versão da mesma pintura feita com sucatas por Vic Muniz. Impressionante...

Apolo e Dafne

            Certo dia, Apolo viu Cupido brincando com suas armas, o deus da beleza também usava um arco e flecha. Apolo estava orgulhoso por causa de uma grande vitória que acabava de ter sobre Píton (uma serpente gigante), e disse ao menino:
            - Pra que tens uma arma mortífera, criança insolente!? Devias deixá-la para quem seja digno dela. Vá brincar com tua tocha, mas não te atrevas a se intrometer com minhas armas!
            O filho de Afrodite ouviu essas palavras e respondeu:
            - Tuas setas podem ferir todas as outras coisas, Apolo, mas as minhas podem te ferir!
            Assim, voou baixo e retirou duas diferentes setas, uma feita para atrair o amor, outra para afastá-lo. A primeira era de outro e pontiaguda, a outra era de chumbo e com a ponta grossa. Com a seta de chumbo feriu a ninfa Dafne filha do rio-deus Pneu, e com a de ouro feriu Apolo no coração. Na mesma hora o deus foi tomado de amor pela donzela, enquanto esta sentiu horror à idéia de amar. Ela só gostava de passear pelos bosques e caçar de vez em quando. Muitos se interessavam pela ninfa, mas ela recusava a todos. Seu pai muitas vezes lhe dizia: “Filha, deves dar-me um genro, dar-me netos.” Temendo o casamento como a um crime ela se abraçou ao pai, implorando: “Concede esta graça, pai querido! Faze com que eu não me case jamais!”
            A contragosto o pai acabou consentindo, vendo como ela estava consternada, mas avisou que ele era contrário a essa idéia.
            Apolo amou-a e lutou para obter o seu amor. Olhava os seus cabelos desarranjados e imaginava como seriam ainda mais lindos arrumados. Viu seus olhos brilharem como estrelas, viu seus lábios e não deu por satisfeito só em vê-los. Admirou suas mãos e braços, e se encantava com as formas do corpo da bela ninfa. Ele surgiu em frente a moça para falar com ela, cantar uma canção ou dizer uma poesia. Assim que ela o viu, saiu correndo o mais que pôde, rápida como o vento. Apolo suplicava:
            - Pára, bela Dafne, não sou seu inimigo! Não fujas de mim, como a ovelha foge do lobo. É por amor que te persigo. Sofro de medo que, por minha causa, caias e machuque nessas pedras. Não corras tão depressa, peço-te, e correrei também mais devagar. Não sou um homem rude, Zeus é meu pai! Sou senhor de Delfos e Tenedos e conheço todas as coisas, presentes e futuras. Sou o deus do canto e da lira. Minhas setas vão certeiras para o alvo.  Mas, ah! Uma seta mais fatal que as minhas atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e das plantas medicinais, mas sofro de uma doença que remédio algum pode curar!
            A ninfa continuou sua fuga loucamente, nem ouvindo direito a suplica do deus. O vento agitava as suas roupas e os cabelos soltos lhe caíam pelas costas. O deus estava impaciente em ter ignoradas as suas palavras, e diminuiu a distância que o separava da jovem. Era como um cão perseguindo uma lebre, pronto para apanhá-la, enquanto o animal avança, escapando no último momento. Assim voavam o deus e a virgem, ela com as asas do medo; ele com as do amor. O perseguidor é mais rápido porém, e adianta-se na carreira: sua respiração ofegante já atinge os cabelos da ninfa. As forças de Dafne começam a fraquejar e, prestes a cair, ela invoca seu pai, o rio-deus:
            - Ajuda-me, Pneu! Abre a terra para envolver-me, ou muda minhas formas, que tem sido tão fatais!
            Mal terminara de dizer essas palavras, uma rigidez toma todo o seu corpo, seu peito começou a se revestir rapidamente de uma leve casca; seus cabelos transformaram-se em folhas; seus braços mudam-se em galhos; os pés cravam-se no chão, como raízes; seu rosto tornou-se um arbusto, nada conservando do que fora, a não ser a beleza.
             Apolo abraçou-se aos ramos da árvore e beijou ardentemente a madeira. Os ramos afastaram-se de seus lábios. A ninfa se transformara em uma árvore de louro.
            - Já que não podes ser minha esposa – exclamou o deus – serás a minha planta preferida. Usarei suas folhas como coroa; enfeitarei minha lira e quando os grandes imperadores romanos entrarem no Capitólio (onde os imperadores romanos eram coroados), serás usada como coroa para os seus rostos. E, tão eternamente quanto eu próprio, há de ser eternamente jovem, suas folhas não envelhecerão.

            Esse mito era contado dessa forma em Roma, depois dos romanos terem conquistado a Grécia. E essa coroa de folhas de louros então era usada pelos imperadores romanos. Nas olimpíadas, quando alguém ganhava uma competição não ganhava milhões, nada disso, ele ganhava uma coroa de folhas de louros e, o mais importante, ele ganhava reconhecimento.

Texto adaptado por Pedro Marques.

Lemos também Cupido e Psiquê, lembra? Vejam algumas imagens:

 

Domingo, 13 de Março de 2011

Alguns textos que lemos na semana da mulher:



 “Vitória-Régia” ( Essa é uma versão diferente da que li na classe)

“Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao anoitecer, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Em algumas noites de lua cheia, a lua podia levar para si a moça mais bela da aldeia e a transformar em mais uma estrela no céu da noite.
Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci (a lua). Os velhos da tribo alertavam Naiá: depois de um encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada por Jaci. Em todas as noites com lua, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. A jovem ficava cada vez mais obcecada com esse encontro, a ponto de não comer nem beber direito.
Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, entristecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.”
Conto popular da Amazônia adaptado por Pedro Marques.



Para quem quiser ler a versão lida na classe, é só pegar o livro abaixo, temos lá na biblioteca:
"A primeira estrela que vejo é a estrelado meu desejo", o autor é Daniel Munduruku, da editora Global.
Acessem o link abaixo para verem um video bem interessante sobre a Vitória-Régia:


Para ler o texto Fahima – a compreensiva, acesse o link abaixo:

E o texto, também árabe, abaixo, gerou discussões em algumas classes:

 

A Mulher Perfeita

            Certa tarde, conta uma antiga história sufi, Nasrudin tomava chá e conversava com um amigo sobre a vida e o amor.

            - "Por que você nunca se casou, Nasrudin?", perguntou o amigo.
            - "Bem", respondeu, Nasrudin, "para dizer a verdade, passei toda a minha juventude a procurar a mulher perfeita.
            No Cairo conheci uma moça linda e inteligente, com olhos que pareciam olivas pretas, mas ela não era muito cortês. Depois, em Bagdá, conheci uma mulher de alma generosa e amiga, mas não tínhamos muitos interesses em comum. Muitas mulheres passaram pela minha vida, mas em cada uma delas faltava alguma coisa, ou alguma coisa estava demais. Então, um dia, eu a conheci. Era linda, inteligente, generosa e bem-educada. Tínhamos tudo em comum. Na verdade, ela era perfeita".
            - "E então", replicou o amigo de Nasrudin, "o que aconteceu? Por que você não se casou com ela?".
            Pensativo, Nasrudin sorveu mais um gole de chá e concluiu: "Infelizmente, parece que ela estava à procura do homem perfeito”

Vejam que coisa linda a música de Pixinguinha:
Rosa
Composição: Pixinguinha e Otávio de Souza

Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de te envolver até meu padecer
De todo fenecer

Pixinguinha, um dos maiores músicos brasileiros
Pequeno trecho de Caetano cantando Rosa:

Sábado,12/03/2011

Pessoal, abaixo está o texto que usamos na aula sobre o carnaval...

Com referências para vocês verem e ouvirem coisas interessantes pela internet. Divirtam-se, mas com moderação, agora estamos na Quaresma...


Brevíssima História do Carnaval
Pedro Marques Cancello

            Pessoal, depois de pesquisar bastante sobre o assunto, descobri uma coisa engraçada, sabe aonde o carnaval foi inventado? Tem a ver com as nossas aulas, e foi inventado há mais de 2000 anos. Adivinha: pois é, na Grécia! Até isso os caras inventaram. Entre 600 a 520 a.C. os gregos faziam uma grande festa em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. A divindade Dionísio, deus do vinho e do teatro, era uma das divindades festejadas, e a bebida era bastante consumida nesse período, em meio a cantos e danças. Já era uma “bagunça”.
            Já em Roma, a Igreja Católica sempre condenou o carnaval, essa exagerada celebração da qual os gregos foram pioneiros, mas mesmo assim o carnaval era muito popular. No ano de 604, o Papa Gregório I, ordenou que os fiéis passassem 40 dias do ano longe das satisfações, dos prazeres do corpo, da vidinha cotidiana e se dedicassem ao enriquecimento do espírito. Era a Quaresma, criada para que todo o Cristão lembrasse os 40 dias de jejum e privações sofridos por Jesus no deserto. Séculos depois, somente em 1091, a Igreja resolveu marcar uma data para o início da Quaresma: a quarta-feira de cinzas. Recebeu esse nome pelo costume dos fiéis serem marcados com cinzas na testa em sinal de penitência. O Cristão deveria pensar sobre Cristo e a ressurreição nesse período, até a chegada da Páscoa, 40 dias depois.
            Pois é, mas com isso, o Cristão que iria ficar tanto tempo em jejum, sem poder aproveitar um monte de coisas, parece ter entendido que os dias anteriores a essa data, deveriam ser aproveitados ao máximo, para compensar mesmo todo esse tempo de meditação. Daí, a festa do Carnaval, ou em italiano Carnavale, começava dias antes do início da Quaresma, e era um tempo de comer muita carne, gordura, e participar de grandes festas, com muito vinho, danças e cantos etc.

E no Brasil? A história da festa por aqui.

            A primeira forma de brincar o carnaval no Brasil, chamava-se “entrudo”, temos registros de 1553 dessa festa. Trazido para cá por imigrantes portugueses, a brincadeira era sujar uns aos outros com polvilho, farinha de trigo e de atirar limões recheados de água ou urina. Todos participavam, do escravo ao fazendeiro, do padre ao lavrador, até mesmo os imperadores Pedro I e Pedro II participavam!

            Também dos portugueses, surgiu um personagem muito importante para o nosso antigo carnaval, o Zé Pereira. Eram assim chamados os tocadores de bumbos enormes que acompanhavam as procissões. No início não fazia nada além de marcar as passadas de quem o tocava, mas este foi o antepassado do surdo usado no samba. Aos poucos, foram surgindo blocos de carnaval que seguiam o Zé Pereira (o homem do bumbo) e foram criando músicas para acompanhar as fortes batidas desse tambor.
            Como o entrudo (aquela festa em que jogavam limões) começou a ser reprimida pela polícia, no final do século XIX, o povo começou a pedir licença aos policiais para fazerem os cordões carnavalescos. Eles percorriam as ruas cantando e dançando fantasiados, com o Zé Pereira marcando o ritmo. Enquanto isso, os negros e mestiços criaram um tipo diferente de batida, e inseriram outros instrumentos de percussão, como a cuíca e o reco-reco. Começava a surgir o samba, mas aos pouquinhos. Nos cordões, sempre à frente ia o mestre, cujo apito todos obedeciam. Essa festa tinha alguns personagens sempre presentes: palhaços, a morte, reis, rainhas, sargentos, baianas,índios e morcegos, ente outros.

            Nasciam também os cordões, mais luxuosos e cheio de pompa, com estandarte à frente e outros instrumentos (violões, clarinete, flauta, cavaquinho). Desses, surgiram os “ranchos”, além do porta-estandarte, três mestre-salas seguiam à frente, e precisavam ser abençoados pelas tias baianas, só depois de cumprido essa ritual os ranchos podiam desfilar.



            Os mais ricos da sociedade também se divertiam, mas não queriam se mistrurar com os mais pobres, dos ranchos e entrudos. Então eles criaram os “corsos”. No Rio de Janeiro, acabavam de inaugurar a Avenida Central, em 1907, e os poucos possuidores de carros tinham o hábito de desfilarem nessa avenida. No carnaval, essas pessoas comemoravam brincando e desfilando de carro pelas ruas, com muitas pessoas num só automóvel, jogando confete e serpentina, cantando e dançando. Alguns poucos blocos também desfilavam mesmo sem o carro. Faziam concurso de fantasias, batalhas de espuma e serpentina e usavam máscaras. Esses “grupinhos” eram chamados de “sociedades”.

            E o que eles ouviam? Não era samba, click no link abaixo para ouvir alguns dos “sucessos carnavalescos” dessas sociedades:

La Donna é móbile

Chiquinha Gonzaga

            A partir de 1920, no Brasil, os discos para serem tocados nos gramofones surgiram. E o rádio também. Eram tão caros, que os vizinhos se reuniam para ver e ouvir a novidade na casa de quem tinha essas “maravilhas do mundo moderno”. Até essa época, ouvia-se de tudo no carnaval, de ópera, música para piano (maxixe, polca e chorinho), até canções populares. Após os anos 20, o frevo, as marchinhas e músicas mais dançantes se tornaram as mais tocadas nos bailes, clubes e rádios. “Pelo Telefone” foi a canção mais popular, depois dela, a música do carnaval passou a ser a marchinha e o frevo. Da mesma forma, nos anos de 1990, o samba-enredo carioca perdeu espaço para o ritmo baiano axé no nordeste.
            O rádio era o mais importante veículo de comunicação e foi muito importante para o carnaval se tornar o que é, até os dias de hoje. Depois de 1936, com o filme “Alô, alô, carnaval”, vários filmes mostravam o brasileiro tocando o samba e brincando o carnaval. Daí houve outras mudanças, como os samba-enredos e os grandes desfiles no Rio de Janeiro, além de diferentes festas e ritmos nordestinos.


Pelo telefone

Trecho do filme “Alô, Alô, Carnaval”

Carmen Miranda

Atraente (Pixinguinha e Benedito Lacerda)

Para o texto acima, tive como base, principalmente, o livro “Almanaque do Carnaval”, do autor André Diniz, publicado pela editora Jorge Zahar. Muito bacana, eu recomendo!

Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011 

Pessoal, não posso por a lenda Asteca que lemos em classe no blog, por causa de um negócio chamado direito autoral. Mas quem tiver interesse, temos o livro em nossa biblioteca. Abaixo está o Calendário Asteca do qual falamos. Vou deixar indicado na seção do nosso blog "olha o que o professor Pedro indica".

O jogo Maya e Asteca Pok ta Pok você pode ver acessando o link abaixo:

Como nasceram as estrelas
Lenda dos índios Bororo, do Mato Grosso, adaptada por Clarice Lispector e lida por Rosita Thomas Lopes

            Pois é, todo mundo pensa que sempre houve no mundo estrelas pisca-pisca. Mas é erro. Antes os índios olhavam de noite para o céu escuro — e bem escuro estava esse céu. Um negror. Vou contar a história singela do nascimento das estrelas.
            Era uma vez, no mês de janeiro, muitos índios. E ativos: caçavam, pescavam, guerreavam. Mas nas tabas não faziam coisa alguma: deitavam-se nas redes e dormiam roncando. E a comida? Só as mulheres cuidavam do preparo dela para terem todos o que comer.
            Uma vez elas notaram que faltava milho no cesto para moer. Que fizeram as valentes mulheres? O seguinte: sem medo enfurnaram-se nas matas, sob um gostoso sol amarelo. As árvores rebrilhavam verdes e embaixo delas havia sombra e água fresca. Quando saíam de debaixo das copas encontravam o calor, bebiam no reino das águas dos riachos buliçosos. Mas sempre procurando milho porque a fome era daquelas que as faziam comer folhas de árvores. Mas só encontravam espigazinhas murchas e sem graça.
            — Vamos voltar e trazer conosco uns curumins. (Assim chamavam os índios as crianças.) Curumim dá sorte.
            E deu mesmo. Os garotos pareciam adivinhar as coisas: foram retinho em frente e numa clareira da floresta — eis um milharal viçoso crescendo alto. As índias maravilhadas disseram: toca a colher tanta espiga. Mas os garotinhos também colheram muitas e fugiram das mães voltando à taba e pedindo à avó que lhes fizesse um bolo de milho. A avó assim fez e os curumins se encheram de bolo que logo se acabou. Só então tiveram medo das mães que reclamariam por eles comerem tanto. Podiam esconder numa caverna a avó e o papagaio porque os dois contariam tudo. Mas — e se as mães dessem falta da avó e do papagaio tagarela? Aí então chamaram os colibris para que amarrassem um cipó no topo do céu. Quando as índias voltaram ficaram assustadas vendo os filhos subindo pelo ar. Resolveram, essas mães nervosas, subir atrás dos meninos e cortar o cipó embaixo deles.
            Aconteceu uma coisa que só acontece quando a gente acredita: as mães caíram no chão, transformando-se em onças. Quanto aos curumins, como já não podiam voltar para a terra, ficaram no céu até hoje, transformados em gordas estrelas brilhantes.
           
            Mas, quanto a mim, tenho a lhes dizer que as estrelas são mais do que curumins. Estrelas são os olhos de Deus vigiando para que corra tudo bem. Para sempre.
            E, como se sabe, “sempre” não acaba nunca.

Indicação do livro na internet:
                http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM761994-7822-VOCE+JA+LEU+COMO+NASCERAM+AS+ESTRELAS+,00.html



Nossos estudos sobre Notícia e Reportagem em 2011:

7ª aula: A verdade e a realidade do audiovisual:


 Papo cabeça aquela aula sobre audiovisual, né? Difícil? Ficou cheio de dúvidas? Não sabe mais o que é realidade? E a verdade? Tem verdade na TV? E realidade, tem aonde? Rá! Ótimo! É muito bom ter dúvidas, tenha certeza disso. Rsrsrsr! Se quiser tentar entender novamente, veja lá o vídeo: 

http://www.youtube.com/watch?v=sHu0JX_TEfk

Grande Abraço!

6ª aula: O Jornalismo e seus clichês:


            Clichê então é uma idéia muito repetida, lugares comuns. Em todo tipo de texto existem clichês. Há tipos de textos que são feitos praticamente apenas com clichês. Se pensarmos em novelas, quem é malvado termina mal, o bonzinho acaba bem geralmente em casamento, etc. Em filmes de terror, tem um montão de clichês também. É sempre com adolescentes, num lugar isolado, numa ilha num acampamento, e aparece um psicopata que mata com machado, faca, uma máscara, enfim ,sempre um personagem perturbado que usa o mesmo tipo de arma nos assassinatos, etc. Quer dizer, é sempre igual, é sempre um clichê.

Origem da palavra clichê: Termo herdado dos primórdios do jornalismo. Para cada página de jornal era usado um clichê, um suporte metálico onde eram dispostos os tipos metálicos manualmente, formando frases e colunas.



            Em canções brasileiras são vários os clichês, rimar coração com paixão, por exemplo, ou coração com solidão.
            O jornalista Gustavo Martins lançou um livro chamado "É o Amor - Lugares-Comuns na Música Brasileira por Suas Rimas" - São 220 as palavras que mais se repetem na MPB recente, encabeçadas pelas seguintes: você, coração, amor, assim, mim, paixão, amar, dizer, esquecer, ver, olhar. "
            Tida popularmente como a mais simplória de todas as rimas, amor/dor foi a oitava coincidência mais utilizada pelos compositores analisados, dando algum respaldo ao senso comum."

            No jornalismo não é diferente. Tem umas matérias que sempre se repetem, todo ano: Festa junina, natal, ano novo (aparece o primeiro neném nascido), na volta às aulas matérias sobre compra de material, etc.

No jornalismo, vejam aí alguns clichês:
1. Pautas clichê: No verão, cuidados com o sol; imagem de termômetros marcando temperaturas absurdas e pessoas pegando sol em horários impróprios. No inverno, imagens de fazendas na serra com pastos congelados e um coitado encasacado andando sozinho na rua.
2. Infográficos clichê: quando algo for muito grande, comparar com estádios de futebol. Se muito alto, prédios de vinte andares. Quando for uma grande quantidade de dinheiro, quantos carros populares poderiam ser comprados.
3. Tragédia Clichê: Aprenda a usar os termos “vidas inocentes”, “imagens estarrecedoras”, “desespero dos parentes” e “emoção no enterro”. Zoom em quem chorar primeiro. 
4. Economia Clichê: matéria de economia sem personagem comprando cesta básica não é matéria de economia.
5. Perguntas clichê: “O que a senhora está sentindo depois desta tragédia?” pra quem perdeu tudo; “O que você conhece sobre o Brasil?”, para artistas estrangeiros.
           
Leia uma definição bem irônica do que é clichê:

“Clichês são as frases dos outros que você usa por preguiça de pensar por conta própria.”

            Pessoal, é impossível fazer um texto totalmente original, mas o problema é o usar o clichê achando que está fazendo alguma coisa diferente, se passar por culto usando uma frase mais que batida.

Vamos reler o texto de Rubem Braga sobre alguns lugares comuns, ou clichês, do jornalismo:
OS JORNAIS

            Meu amigo lança fora, alegremente, o jornal que está lendo e diz:
            - Chega! Houve um desastre de trem na França, um acidente de mina na Inglaterra, um surto de peste na Índia. Você acredita nisso que os jornais dizem? Será o mundo assim, uma bola confusa, onde acontecem unicamente desastres e desgraças? Não! Os jornais é que falsificam a imagem do mundo. Veja por exemplo aqui: em um subúrbio, um sapateiro matou a mulher que o traía. Eu não afirmo que isso seja mentira. Mas acontece que o jornal escolhe os fatos que noticia. O jornal quer fatos que sejam notícias, que tenha conteúdo jornalístico. Vejamos a história desse crime "Durante os três primeiros anos o casal viveu imensamente feliz..." Você sabia disso? O jornal nunca publica uma nota assim:
            "Anteotem, cerca de 21 horas, na rua Arlinda, no Méier, o sapateiro Augusto Ramos, de 28 anos, casado com a senhora Deolinda Brito Ramos, 23 anos de idade, aproveitou-se de um momento em que sua consorte erguia os braços para segurar uma lâmpada para abraçá-la alegremente, dando-lhe beijos na garganta e na face, culminando em um beijo na orelha esquerda. Em vista disso, a senhora em questão voltou-se para o seu marido, beijando-o longamente na boca e murmurando as seguintes palavras: "Meu amor", ao que ele retorquiu: "Deolinda". Na manhã seguinte Augusto Ramos foi visto saindo de sua residência às 7:45 da manhã, isto é, dez minutos mais tarde do que o habitual, pois se demorou, a pedido de sua esposa, para consertar a gaiola de um canário-da-terra de propriedade do casal".
            A impressão que a gente tem, lendo os jornais - continuou meu amigo - é que "lar" é um local destinado principalmente, à pratica de "uxoricídio". E dos bares, nem se fala. Imagine isto:
            "Ontem, certa de 10 horas da noite, o indivíduo Ananias Fonseca, de 28 anos, pedreiro, residente à rua Chiquinha, sem número, no Encantado, entrou no bar "Flor Mineira", à rua Cruzeiro, 524, em companhia de seu colega Pedro Amância de Araújo, residente no mesmo endereço. Ambos entregaram-se a fartas libações alcoólicas e já se dispunham a deixar o botequim quando apareceu Joca de tal, de residência ignorada, antigo conhecido dos dois pedreiros, e que também estava visivelmente alcoolizado. Dirigindo-se aos dois amigos, Joca manifestou desejo de sentar-se à sua mesa, no que foi atendido. Passou então a pedir rodadas de conhaque, sendo servido pelo empregado do botequim, Joaquim Nunes. Depois de várias rodadas, Joca declarou que pagaria toda a despesa. Ananias e Pedro protestaram, alegando que eles já estavam na mesa antes. Joca, entretanto insistiu, seguindo-se uma disputa entre os três homens, que terminou com a intervenção do referido empregado, que aceitou a nota que Joca lhe estendia. No momento em que trouxe o troco, o garçom recebeu uma boa gorjeta, pelo que ficou contentíssimo, o mesmo acontecendo aos três amigos que se retiraram do bar alegremente, cantarolando sambas.
            Reina a maior paz no subúrbio Encantado, e a noite bastante fresca, tendo dona Maria, sogra do comerciante Adalberto Ferreira, residente à rua Benedito, 14, senhora que sempre foi muito friorenta, chegando a puxar o cobertor, tendo depois sonhado que seu netinho lhe oferecia um pedaço de goiabada".

            E meu amigo:
            - Se um repórter redigir essas duas notas e levá-las a um secretário de redação, será chamado de louco. Porque os jornais noticiam tudo, tudo, menos, uma coisa tão banal de que ninguém se lembra: a vida...

Rubem Braga.

Revejam o um vídeo de Rafinha Bastos brincando com clichês da reportagem:





4ª e 5ª aulas: Jornalismo de divulgação científica


         Para a aula sobre jornalismo de divulgação científica, lemos um texto científico e percebemos a dificuldade de entendimento. O jornalista deste campo precisa conhecer bastante sobre ciências e ainda conseguir explicar essas descobertas para quem não é cientista. Difícil, ein?


         Vejam alguns sites com textos de divulgação científica:


Sobre os peixes voadores: http://www.youtube.com/watch?v=gAjzH0vWSIA

http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/

http://super.abril.com.br/home/

http://cienciahoje.uol.com.br/

http://revistagalileu.globo.com/

3ª Aula: Graffiti e Pixadores: Arte?



         Carlos Adão! Pois é, em nossas aulas descobrimos um pouco mais sobre esse figura que até então era só um nome escrito nos muros da cidade. Será arte? Parece que sim. Mas será uma arte de qualidade? Aí cada um tem uma opinião.

Para reler a notícia:

Para vê-lo em ação: 



         Ficamos conhecendo mais sobre Os Gêmeos também. Grandes caras, que desenhos, né? Cliquem nos links para verem mais sobre eles:


         E finalmente, Zezão. Coisa estranha, por que o cara grafita em lugares que ninguém vai? Desenhos para quem? Que arte é essa? Espero que nossas conversas tenham clareado algumas idéias sobre o artista. Clique para reverem:




2ª Aula: Doutor Ratão! Notícia X Reportagem

Nessa aula, lemos uma reportagem sobre o Doutor Ratão. Clique nos links abaixo para reler a reportagem e ver o vídeo. Ser repórter não é fácil, além de ir a campo, confirmar as informações, entrevistar, investigar, é preciso selecionar as informações mais importantes para fazer um texto bem escrito. Ah! E também precisa ser legal de ler!

Para ler a reportagem:

Para ver o Doutor Ratão:






Fund 2 e EJA – Notícia aula 01

            Desde que nascemos, a vida nos coloca em ambientes diferentes e nos permite testemunhar muitas situações. Ver a realidade mesmo das coisas: a infância, a casa, nossa escola, a rua; o amor, o trabalho, a família, amigos, o trabalho, a vivência das coisas que acontecem diretamente.
            Mas por mais forte que sejam, são apenas parte do que sabemos. A parte menor.

            Muito mais a gente sabe sobre o mundo além do que vivemos na realidade, ou do que testemunhamos.
 - Como ficamos sabendo das coisas?
Testemunhos, nas palavras dos outros, representações, TV, internet, rádio, celular, livro, etc.
Ou seja:
Comunicação: uma imagem vale mil palavras. A palavra pode resumir o conhecimento de mil imagens.

Então, através da comunicação, nós temos uma idéia do que ocorre no mundo. E, um poderoso recurso para divulgar um acontecimento, para conhecermos a realidade, da qual não participamos diretamente, é a notícia.

- Mas o que é notícia? – o que faz de um acontecimento notícia?

Tudo o que sai do prosaico. Tudo o que sai do esperado, do comum.

Qual desses acontecimentos tem maior chance de se transformar em notícia?

O cachorro mordeu uma criança.
A criança mordeu um cachorro.

Uma cidade como SP tem muita ou pouca notícia?

- Quem decide o que é notícia?
Exemplo – O nosso teatro de sombras será notícia? Em qual jornal seria?
Depende do jornal e do público: Jornal de bairro, jornal nacional
Tipos de jornal: Comunitário, sindical, partidário, empresarial, escolar, religioso, de bairro, de circulação nacional, etc.

Dependerá do tipo de jornal e dos jornalistas que decidirão quais fatos serão escolhidos para se tornarem notícia.

Mídias: Rádio, TV, internet, imprensa, celular, Tablets, etc.

Tem coisas que são comuns a todos os jornais, a notícia segue um modelo:
a) A notícia deve ser sobre um fato ocorrido mesmo.
b) Precisão da informação
c) Impessoalidade
d) Imparcialidade

Lead: É o primeiro parágrafo, a chamada da notícia, no qual deve estar resumidamente toda a informação do fato: o que, quem, quando, onde. E talvez responda: como por que e para quê.

Mas, como vimos, muitos jornais (sejam eles de qualidade ou não), saem desse modelo, mantendo a precisão da informação, mas mostrando as impressões do apresentador ou do jornal sobre os assuntos anbordados.